segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Berlim =)


Gente, eu nao esperava muito de Berlim, nao... Esperava uma cidade bonita como imagino qualquer outra cidade aqui da Europa. Tinha como objetivo ver o Muro, o Campo de Concentracao e umas coisinhas aqui, outras ali... Mas Gracas a Deus eu tive uma prazerosa surpresa quando eu desci naquela capital! Que cidade limpa! Que pessoas bonitas! Que lugares interessantes! Que TUUUDDDOOOO!!! Sem contar que, estar lá é como “mergulhar” de cabeca na História Mundial: Segunda Guerra e Período Pós Guerra.

Bem... Entao foi assim: como disse no post anterior, saí de Amsterdam para Berlim de onibus. Comprei a passagem no site da Eurolines (http://www.eurolines.com/en/) . Lembro que paguei 40 euros, se nao me engano. Eu poderia ter comprado a passagem de trem pelo site http://www.nshispeed.nl/  que sairia uns 9 ou 10 euros a mais. Só que nao tinha o horário que eu queria... entao fui de onibus mesmo (o que tambem foi um bom negocio pq todo dinheiro salvo foi de grande importancia J ).

Entao... Antes de ir para Berlim, tinha lido a respeito do transporte publico mas nao tinha acreditado muito nao (mente muito brasileira para entender o servico). Nao sei se voces sabem, mas lá o metro nao tem catracas. Nós entramos na plataforma para pegar o trem sem nenhum empecílio e sem ter de pagar nada. Obviamente, existem as maquinas que vendem os bilhetes espalhadas nas plataformas. Mas nao há catracas, nem posto fiscal e nem funcionarios em guiches. Nada. Ou seja, voce pode se arriscar a andar de metro sem pagar. O problema vai ser se numa eventualidade aparecer um fiscal, solicitar seu bilhete e voce nao o tiver. Aí a multa é certa. Mesmo sendo turista.

Ainda com essa facilidade toda de dar o “tumé” é incrível como os Alemaes sao conscientes e pagam na maior naturalidade pelo servico de tranporte. Por aí a gente ve a diferenca de cultura. Imaginem uma situacao dessa aí no Brasil? Bem... Deixa pra lá.

Dentro do onibus conheci um rapaz que me ajudou a comprar meu bilhete diario que me custou € 7.30.



Entendido como funcionava o metro, parti em direcao ao hostel. Em todos os lugares que me hospedei, pude pegar o mapa da cidade já com os pontos turísticos marcados. Isso ajuda demais! Bom pra gente nao perder muito tempo em casa montando roteiros.

Entao... perto de onde eu estava ficavam um pedaco do Muro, o Memorial Site, a Capela da Reconciliacao e, para ser mais dramática ainda, um cemitério. Tudo na mesma regiao. Corri pra lá.
Logo no comeco da caminhada perto do muro, nao consegui me controlar... Lendo as histórias, vendo as fotos das pessoas que foram mortas simplesmente por quererem atravessar a rua para visitar parentes, amigos, irem para o trabalho; ver como tantas famílias foram desfeitas da noite para o dia por causa do muro, foi tenso. =/
 
 
 
 
 
Naquela regiao, existem varios textos e quadros explicativos dizendo como o muro e a guarda dele eram feitos. Tanto que, em vários memoriais e museus eu me deparava com grupos de adolescentes com seus cadernos anotando detalhes sobre aquele momento do país.
Interessante também foi ver naquele lugar a estátua chamada “Estátua da Reconciliacao”. Nos 3 lugares mais afetados pela guerra (tem uma em Hiroshima e agora eu esqueci o terceiro). Bem, perdi a nocao do tempo que fiquei em frente a essa escultura. Linda, gente!
 
Dali, fui em direcao a Platz des 18 Mars (Praca 18 de marco) e Brandemburgo Tor (Portao de Brandemburgo). Um ponto bem visitado da cidade e bem lindo também.
 
 
Parti para o Holocaust Memorial Site (Memorial do Holocausto) em homenagem aos judeus mortos durante a Segunda Guerra. Bem triste o lugar L Mas vale DEMAIS DA CONTA a visita. Sao 2711 cubos de concreto num espaco gigante bem no centro da capital.
 
Outros pontos que visitei e também valeram a pena foram:  Bremer Beg (um parque imenso e super bem conservado) e o obelisco chamado Victory Column – neste eu tive coragem de pagar € 5.00 para subir no seu andar mais alto. Depois de milhares de degraus, cheguei no topo e consegui tirar umas fotos até bacaninhas J
 
 
 


Aí fui pro hostel. Com 5% de vida dentro de mim.

No outro dia sim foi O dia! Acordei bem cedo para partir em direcao ao Campo de Concentracao localizado ao Norte de Berlim, numa cidade chamada Oranienburg. Esse lugar era "o lugar". A cereja do bolo, pra mim. Aquilo que eu mais esperava ver.

Bem... Tem um livro chamado "A menina que roubava livros" que descreve um pouco sobre a realidade vivida por Judeus durante a Segunda Guerra. Num determinado momento, o livro cita um corredor onde os prisioneiros (Testemunhas de Jeová, Ciganos, homossexuais, rebeldes do governo e, maioria, Judeus) eram obrigados a passar até chegarem no campo de concentração. Algo parecido com uma "passarela”. Do lado desse largo corredor, ficavam os cidadãos alemães que eram instigados pelos militares a cuspirem e insultarem aqueles que passavam ali.

Gente... eu fui exatamente nesse lugar. Nao consigo lembrar sem me emocionar de novo. Lugar triste e frio. :'( Nas paredes tinham quadros contando um pouco da história daquele lugar.

 
 
 
 


Bem... E isso foi antes de entrar no Campo. A desidrataçao viria depois.

Logo na entrada tem o slogan: “Arbeit Macht Frei” que traduzido seria: “Trabalho te faz livre”. Ironia, né? Pois é... Atravessando o portão existem museus, o enorme espaço de concentraçao e os prédios que compõem todo o complexo: a enfermaria, os dormitórios, cozinha, o presídio, o espaco para execucao, o cemitério... Enfim, quando forem, reservem tempo! O lugar é beeem grande e interessante.






 
O que mais me impressionou e foi motivo de sonhos durante várias noites, foi a sala de exterminio. Como o nome já diz, era a sala da “matanca”. Eles conservam até hoje o cano por onde o sangue dos prisioneiros escorria. Nesse momento foi complicado segurar o choro. :’(

 

 
Eu poderia falar sobre cada coisa emocionante lá, mas o texto ficaria extenso e corre o risco deu estragar o prazer de voces quando forem visitar. O fato é: Se forem a Berlim, estiquem a viagem até Oranienburg e leiam o livro “A menina que roubava livros”. Assim como eu, voces vao se sentir dentro dele.

 
 
Outra coisa: o país que abrigou o maior número de campos de extermínios foi a Polonia. Eles também conservam varios espaços e sao abertos para visitaçao do público. Nesse país nao deu pra ir ainda. Mas pra quem quiser mergulhar mesmo na História da Segunda Guerra, acho q vale a pena "emendar" Alemanha e Polonia.
Saí do Campo e já era a tarde. Tinha um milhao de coisas para ver ainda.
Fui para a Ilha de Museus que fica bem no Centro de Berlim. Infelizmente, nao tive tempo de entrar em nenhum L Quando forem, tentem visitar pelo menos o Museu Pergamon. Dizem que é "fodástico". Acredito que nao deve ser a toa que é o mais visitado do país.
 
Andando por aquela regiao, dei de cara com a maravilhosa Berliner Dom. Nessa hora tive que soltar um palavrao. Sorry, mamy. Doidimais essa Catedral! Linda!


Daí teve mais um bocado de coisa que consegui ver: uma praca bacanérrima com uma escultura do deus grego dos mares Poseidon; a Praca Alexanderplatz que serviu de cenário para o filme Supremacia Bourne; mais um pedaco do antigo Muro; o CheckPoint dos EUA que até hoje é conservado e a Topografia do Terror: museu que explica detalhadamente sobre a origem, as estratégias e o fim da Segunda Guerra além de contar a história dos mentores: Hitler, Stallin e outros.



 
 


Quando deu 7 horas, fui tentar ver o Reichstag – o maravilhoso prédio do Parlamento.  Tava fechado. L Tá. Eu sou lerda. Deveria ter ido mais cedo. Esse lugar é um dos “carros-chefes” da cidade. Nao facam como eu. Reservem uma hora e vao! Site: http://www.bundestag.de/htdocs_e/visits/kupp.html .O lugar tem uma incrível história além de ser muito lindo!



Despedi de Berlim naquela noite. No outro dia de manha parti para Milao, na Itália. Depois eu conto pra voces como foi. J

Desculpem pelo post gigante. J

Muito obrigada a todos por lerem e estarem sempre comigo! =*


Respondendo os comentarios dos posts anteriores:
Entao, Aline... Pois é... viajei sozinha mesmo :) Preferi assim pra praticar mais ingles já que a maioria que conheco aqui é brasileiro. =/
Gracas a Deus todos os lugares onde fui, as pessoas falavam English e deu pra me comunicar bem =D
Suelen, que bom q te dei dicas "sem querer querendo" :)
Mas entao... vai ser meio complicado fazer o ranking... é muito lugar lindo aqui! Mas depois eu vou tentar :)
 
Teté, Naína e Kenia obrigada por comentarem aqui!
Saudades demais da conta!
 
=**
 
 

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Amsterdam


E aí, pessoal?

Everthing ok? J

Bem... Vamos as novidades!

Há algum tempo eu estava planejando um “mini-tour” aqui dentro da Europa. Escolhi o mes de Setembro por ser o fim do verao aqui (mas com resquícios de calor) e o inicio da baixa temporada em funcao da volta as aulas.

Bem... Para se viajar dentro da Europa, voce tem a opcao de comprar um pacote fechado de viagens by train pelo site http://www.raileurope-world.com  . Funciona assim: voce paga um valor fechado e pode fazer viagens ilimitadas em 3 a 5 países vizinhos para escolher numa variedade de 24 países. As viagens devem ser feitas de 5 a 15 dias em 2 meses. Tem outras opcoes tambem... mas essa aí é a mais em conta. Tipo, para aquilo que eu precisava, sairia a  222.

Existe tambem a opcao do mesmo pacote porem by coach pela Eurolines http://www.eurolines.com/en/eurolines-pass/ . Pra mim, este sairia a € 210 (quase o mesmo preco do Eurail Pass, entao acredito que nao compensa).

Embora a viagem de trem seja bem mais rapida e confortável, minha grana era curta demais para comprar este tipo de pacote. Entao... Fui comprando passagens separadamente mesmo... E, em sua maioria, by coach.

Entao no dia 03 de setembro comecei a minha “mini-trip”. Foram poucos dias, mas foi o suficiente para ser inesquecível!!!!

Comecei por Amsterdam. Paguei  £20.00 by coach na passagem de London -> Amsterdam (http://uk.megabus.com ). Na verdade, teve uma parada em Bruxelas também, mas foi tao rápido que nao deu nem pra tirar foto dos lugares lá....


Gente! Em Amsterdam was amazing! Cheguei de manha cedinho sem nenhum mapa nas maos. A única coisa que eu tinha sobre a cidade, era um impresso do Google Maps sobre como faria da estacao de onibus que desci até o hostel que ficaria hospedada. Isso já era o suficiente. Aqui na Europa o transporte público é uma maravilha! Peguei um “tram” (o que pra nós é algo similar a bonde) e comprei imediatamente o “pass for day” por € 7.50 – validade de um dia para quantas viagens eu quisesse fazer. Sem muita dificuldade, achei meu hostel que ficava há, mais ou menos, uma hora da estacao e parti para conhecer “a cidade mais livre do mundo”.

 

Gracas a Deus, o clima estava muito favorável! Estava delicioso, na verdade. Como disse um conhecido: tive a sorte de pegar 2 dos únicos 5 dias quentes e sem chuva do ano na cidade.
Antes de ir pra la, tinha lido sobre Amsterdam e sobre os canais que cortam a cidade, mas sinceramente eu nao imaginava que eram tantos! O que também contribui para a beleza do lugar! Esses canais, na verdade, parecem mais ruas no estado líquido mesmo. O tempo todo se ve botinhos e barcos de um lado para o outro.


 
 
O meu tempo naquela cidade seria de apenas 2 dias. Muito corrido. Entao, no animo movido a “Red Bull”, fui em direcao ao meu primeiro destino: Museu do Van Gogh.  Embora eu nao seja uma verdadeira admiradora de artes, este Museu era um dos “carros-chefes” da Holanda. Eu nao poderia ir na cidade sem visitá-lo. E... ainda bem que fui! O museu é lindo e gigante! Conta a história do maior pintor que a Holanda já teve: desde sua infancia inteligente e dedicada, até seu distúrbio mental que acarretou em suicídio. Ironia saber que Van Gogh chegou a passar fome e seus quadros (que estao entre os mais caros do mundo) só foram valorizados depois de sua morte.
 

Bom, depois de gastar um generoso tempo lá dentro, fui para a Praca dos Museus da cidade. Onde tem o famoso letreiro: “ I Amsterdam”. Linda praca! Tem um imenso gramado em frente apropriado para jogar bola e relaxar debaixo de uma árvore. E, claro, eu cochilei debaixo de uma generosa sombra lá. J  Ow... tudo de bom.

 
 
 

Outro passeio super recomendado por blogueiros no Mochileiros.com em Amsterdam é o Vondelpark que fica próximo da Praca dos Museus. Ow... Lindo! Mil vezes Lindo! Repleto de jardins, pontes romanticas (¬¬) , lagos e mais lagos, coretos... enfim Maravilhoso! Valeu demais a visita!

 
 

No outro dia, tinha como destino 3 atracoes: A casa de Anne Frank, um Coffeeshop qualquer e a famosa (e temida) Red Light District.

Bem... Um dos melhores livros que li na minha vida foi “O diário de Anne Frank”. Eu lembro que, enquanto lia, eu sempre ficava imaginando como teria sido várias pessoas morarem escondidas num porao durante tanto tempo por causa de serem, simplesmente, Judias (isso durante a Segunda Guerra). Eu definitivamente tinha que na antiga casa dela que hoje é um museu. Chegando lá...  A fila estava imensamente gigante! E eu só tinha mais um dia pela frente... Entao... ficou para a próxima vez. :/ Mas deu para salvar uma foto com a escultura da menina J
 
 
 
 
 
 
Em seguida, fui em direcao a um coffeeshop qualquer. (MAE, eu juro, só queria conhecer!! =P). E isso já era a tarde.
Uma das maiores desvantagens de se viajar sozinha é que voce nao anima ir pra “barzinho” e ficar sentada, no estilo “Forever alone”. É bem depressivo, eu acho. Entrei nuns 3 coffeeshops pra ver como funcionava o “esquema” lá... Mas nao consegui ficar mais que 3 minutos em nenhum: Primeiro: é uma catinga do caramba. Segundo: tem muito mais homem que mulher. E eu nao tava no pique de sentar sozinha numa mesa ou no balcao de um coffeeshop e, sei lá, chegar um “doidao” e vir conversar comigo...
Com isso, eu nao sei dizer como funciona a venda de  “Marijuana” dentro desses lugares. O que eu vi, e muito, era umas mesinhas nas calcadas (especialmente no centro) e um monte de gente meio que, digamos, “aéreas”. Numa risaiada danada, olhos vermelhos e com falas arrastadas.
Acredito que com a nova lei na Holanda que deve entrar em vigor em 01/01/2013, o número de turistas na cidade deve reduzir consideravelmente. Isso porque só os moradores da cidade acima de 18 anos previamente cadastrados poderao comprar maconha nos Coffeeshops.
Bem... Parti para o último destino: a Red Light que fica bem perto da estacao central da cidade. O que facilitou eu pegar o onibus de Amsterdam para Berlin a noite.
Entao... Gente, enquanto andava naquela regiao, eu me senti imensamente triste. Nossa...
Embora seja um assunto bem discutido, esclarecido e legalizado para os holandeses, para nós que nao estamos acostumados, é bem impactante. Foi meio triste ver as mulheres se expondo com roupas provocantes feito mercadorias naquelas janelas. Umas tao jovens, outras nem tanto... Mas enfim, a Red Light é tambem um ponto turístico da cidade que é visitado por homens, mulheres, senhoras... E a recomendacao para todos é: NUNCA FOTOGRAFE AS MENINAS OU AQUELA REGIAO! Entao fica a dica para quando voces forem lá.
Outro ponto que Amsterdam chamou minha atencao é que a cidade é bem ciclística  Para ser sincera, eu perdi as contas de quantas vezes quase fui atropelada por uma bike lá. J
Fazendo um resumo sobre minha passagem pela cidade, eu diria que, quando penso sobre a Amsterdam associo 6 coisas: modernidade, biciletas, beleza, canais, maconha e prostitutas (nao necessariamente nessa ordem, mas tá valendo).
Naquela noite, parti em direcao a Berlin: A cidade surpreendente!
 
 
Mas isso eu conto outro dia... Senao, meu post vai ficar gigante e voces nao terao paciencia de le-lo. J
No mais... Muito obrigada por lerem meus posts. Eu fico imensamente feliz quando alguem comenta aqui (Aline, Teté, Ramon, Suelen) ou me manda email (Geraldo, Derione) ou comenta comigo de alguma outra forma. Enfim, obrigada por lerem :)
Família,
Amo vcs. Saudades.
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