sábado, 1 de janeiro de 2011

De Londres para Paris

Puxa vida! Gostaria de alertá-los que provavelmente o post hoje seja gigante devido à falta de atualização desses dias. Mas antes de começar a digitar, digitar e digitar, quero dizer que estou felicíssima em saber que tanta gente legal tem lido meus posts!

Ai gente!!! Obrigada! Mil vezes, obrigada!!!! Fico até mais motivada em escrever aki!!! =D

Bem... Começando pelo dia 27.

Tiramos a segunda-feira para programarmos nossa viagem à Paris. Foi bem trabalhosa essa programação por dois grandes motivos: clima na França e achar hotel para 3 pessoas em meio esta alta temporada. Esses dias, a temperatura em Paris estava totalmente instável: ora chovia horrores, ora nevava do mesmo jeito. Então estávamos na dúvida: como iremos? Eurostar (trem), de avião ou ônibus. A nossa primeira opção sem dúvida, era irmos de trem pq além de ser um transporte super rápido (gastaríamos 2 horas e 35 minutos) seria uma grande novidade pra gente. Só que, acreditem, uma passagem custava 300 libras. =O Fora de cogitação. Pensamos em ir de avião. Hipótese facilmente descartada pois os aeroportos de lá estavam um caos por causa do clima. Muitos vôos cancelados e atrasados. Restou irmos de ônibus. Pagamos barato mas ficamos 8 horas – 2 horas de Londres até o Euro túnel, 1 hora e 40 min para atravessarmos de balsa o Canal da Mancha e 4 horas e 20 minutos até Paris.

Na segunda-feira ainda, depois de muito tempo pesquisando hotéis no estilo BBB, fizemos a reserva e fomos à Eurolines comprar as passagens. Na volta para casa, o Misha nos levou para um típico Pub Inglês: sala de jogos, de televisão, um bar com trilhões de opções de cervejas no balcão e uma incontável variedade de vodkas e afins.

O que eu achei SUPER legal no pub é que, pela cultura inglesa, as pessoas pagam bebidas umas para as outras indiferente do interesse que elas possam ter. Assim: estávamos em quatro pessoas. Começamos a jogar sinuca e chegaram mais duas pessoas que nos desafiaram em algumas partidas. Na maior naturalidade do mundo, o Misha viu o que eles estavam bebendo e assim que percebido que as bebidas tinham acabado, pagou para eles mais uma rodada. O mesmo aconteceu quando eles perceberam que as nossas bebidas tinham acabado. Aconteceu também para a outra mesa que estava próximo a gente. E assim foi...

Fiquei extasiada. No Brasil é comum um cara pagar bebida para uma menina por

causa do interesse que existe por trás disso. Aqui em Londres não. As pessoas simplesmente querem mostrar gentileza umas com as outras.

Infelizmente não levamos as máquinas porque não esperávamos sair. Remoemos de tristeza por isso. =(

Na terça, dia 28 fomos ao clube. Pois é. Não tinha nenhuma berada do sol no céu, mas fomos assim mesmo. Foi um dia agradabilíssimo. Nadamos em piscinas de águas quentes que mais pareciam gigantes banheiras de hidromassagem.

À noite, pegamos o ônibus em direção a Paris. Então... Sentem que lá vem história.

Antes de viajarmos, ficamos de comprar um mapa da cidade francesa. Acabou que esquecemos de comprar e não tínhamos nem noção de onde íamos parar nem nada. A única direção que tínhamos (detalhe: não imprimos o mapa) era que o hotel que ficaríamos hospedados por uma noite ficava a 2,8 Km do Museu do Louvre. Outro detalhe talvez importante é o nosso rico vocabulário Francês: Merci, s'il vous plait, au revoir, bonjur e bonsoir. Pronto. Aqui está tudo o que sabemos em francês.

Chegamos em Paris era mais ou menos umas 07 horas da manhã num frio e numa chuva, que Santo Deus! Fiquei com medo do clima não permitir nosso tour pela cidade. Descemos na estação Gallieni que, para nossa sorte tinha um café que vendia mapas turísticos da cidade. Pegamos ali mesmo o metrô e partimos em direção ao nosso tão sonhado Museu do Louvre. Nossa primeira impressão da cidade, não foi lá grandes coisas. O metrô tinha um cheiro ruim tão forte que quase caímos para trás. Além do cheiro, asestações eram bem sujas. Totalmente diferente de Londres e até de BH.

No Louvre: Meu Deus! Que lugar! Imenso! Lindo! Sem palavras. Me senti dentro do filme Código da Vinci. =D

Mas como desacerto pouco é bobagem, chegamos lá e o museu estava fechado. O único dia da semana que o museu não abre é na terça-feira. Lembro de ter lido isso antes em algum lugar, mas para variar, tinha esquecido de novo.


Mesmo assim, valeu muito a pena ter ido lá pq o museu é maravilhoso por dentro, mas é apaixonante por fora também. Tem jardins, as três pirâmides, vários monumentos em volta... Vixe! Muita coisa!

Saímos dali e avistamos a Torre Eiffel que trouxe em nós uma sensação de estar perto do Museu. Engano meu. Estava tão longe, mas tão longe que a caminhada do Louvre até lá foi suficiente para congelar nossos rostos, pés e mãos. Graças a Deus só estava chuviscando em Paris. O dia amanheceu e levou embora a chuva forte da madrugada. Foi bem legal ver a torre, mas o frio foi mais forte. Agora penso que não aproveitamos aquele lugar tirando uma boa quantidade de fotos...

Saímos dali e fomos para a estação de metrô mais próxima rumo ao Arco do Triunfo. De novo, o metrô de Paris nos surpreendeu de forma negativa: tão sujo e fedido que fez jus a fama de capital dos ratos.

Chegamos no Arco do Triunfo e ficamos 2 minutos lá. Tempo suficiente para 4 fotos da Leilane, 3 minhas e 3 do Gui. O frio de novo, tem culpa nisso.

Já era mais de 14 horas da tarde e precisávamos partir em direção ao hotel. Entramos numa lan house, pegamos o endereço certinho e partimos para lá. Precisávamos urgentemente nos aquecer. Caso contrário, morreríamos por falência dos órgãos congelados. (E isso não é exagero).

A noite chegou mais ou menos no mesmo horário que chega no Brasil: 18 hrs. E isso é muito bom. Dá-nos a sensação que podemos aproveitar melhor o tempo. Saímos à noite com dois destinos prontos: Basilique du Sacré-Cœur e Moulin Rouge. Graças a Deus os dois lugares eram bem próximos ao nosso hotel (entendam como pouco menos que 30 minutos de caminhada). A Basílica é linda, gente! Não pudemos fotografar lá dentro, mas é maravilhosa. O teto é todo bordado de pintura e ouro. Lindamente, linda!


Agora, roubada nos metemos quando resolvemos ver a parte externa do Moullin Rouge – o cabaré parisiense. A região é horrorosa. De um lado da avenida, motéis de quinta e de outro sex shops. A grande diferença entre aquela região e a da Avenida Santos Dummond em BH é que não existem travestis e prostitutas nas ruas da capital francesa. Somente esta é a diferença. A sujeira e as luzes de neon são bem parecidas.

Fomos para o hotel e no outro dia de manhã partimos novamente para o Louvre. Gastamos mais de uma hora para comprar as entradas. A fila estava enorme! Tinha gente de tudo quanto é lugar do mundo! Vimos orientais de todas as espécies, colombianos, mexicanos, brasileiros, italianos... Nossa! Gente de tudo quanto é tipo! Ficamos lá por horas. Acho que o clímax ali dentro para mim, foi ver a Monalisa e a escultura da Venus de Milo.

Depois ainda passamos na Catedral de NotreDame que é incrivelmente bonita também.

À noite fomos novamente para a Torre Eiffel para tirarmos algumas fotos com ela iluminada. As fotos ficaram desastrosas mas foi ótimo ver a torre no seu tom dourado.

No caminho para estação da Eurolines, fizemos um balanço sobre a nossa passagem pela capital francesa. Não sei se é muita petulância da minha parte, mas não gostei nenhum pouco dos franceses. São super mal educados. Vimos isso principalmente nos metrôs e nas filas da vida. Todos eles tem a cara fechada também. Outro detalhe que ainda não tinha mencionado é que pedestre não tem vez lá. Mesmo o sinal estando aberto, não temos preferência nenhuma. Os carros aceleram e fica a nosso cargo uma travessia segura. Sem contar o mal cheiro das estações e a sujeira das mesmas. Comida lá é uma fortuna.

Só volto na França quando eu puder alugar um carro, ficar hospedada num hotel de primeira e tiver bastante grana para gastar em restaurantes. Fora isso, França de novo não.